Darei aqui algumas dicas de como fazer para escolher a
sua primeira bateria. Antes de tudo é fundamental saber para o quê, ou para
quem é o instrumento que será comprado, pois uma bateria para um jovem de 15
anos de idade, não é a mais adequada para uma criancinha de 5 ou 4 anos de
idade. Já sei, aí você vai dizer que aquele garotinho japonesinho de 3 anos de
idade aparece num vídeo do Youtube tocando bateria de adulto muito bem! Mas
calma, existem vários níveis de desenvolvimento musical, de repente este garotinho
poderia tocar melhor se usa-se um kit
adequado ao tamanho dele. Outras coisas a serem avaliadas para a compra seria, qual
o estilo, gênero musical que você quer tocar com sua bateria. Feito isso, já é
um bom passo para começar a definir o kit inicial.
O mercado hoje em dia oferece uma quantidade enorme de
marcas e modelos com preços bem baixos e também preços muito altos. Claro que,
uma bateria top profissional em média custa $ 10 mil Reais, mas se você quer
começar com um kit básico econômico, pode-se gastar uma média de $ 1000 a $ 2000
Reais, para ter um instrumento bom para o seu início de estudos. Não adianta
também pagar uma mixaria por um instrumento que só vai apresentar problemas
depois. Lembre-se, o barato pode sair caro? Pois é.
Eu particularmente comecei com um kit bem simples de
bumbo, caixa, um tom, um surdo, um prato de condução, graças ao meu irmão que tinha
comprado esta bateria já de terceira mão. Mas a época era bem diferente de
agora em termos de facilidades e oportunidades de escolha de instrumentos, isso
em 1986. Faz um tempinho já, heheheh.........
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Sou eu mesmo |
Agora
vejamos:
Se a sua intenção for comprar uma bateria só para ter
como hobby, pra tocar de vez em quando com os amigos de fim de semana, então um
investimento muito alto às vezes pode sair muito caro. Isso não significa que
você não pode comprar o melhor instrumento que tem no mercado, mesmo que isto
custe muito dinheiro, afinal, cada um sabe o quanto tem e o quanto pode gastar.
Certo?
Bom, na minha opinião, para quem quer somente tirar
uma onda, ou quer dar de presente para o filho de aniversário, só pra ver se
ele se interessa mesmo, comece com um kit básico como todo mundo usa que é uma caixa,
dois tons, um surdo, um bumbo, um chimbal (hi-hat), um prato de ataque (crash) e um
prato de condução (Ride). Além de ter boas ferragens que garantam pelo menos
uns cinco anos de uso. E não se esqueça do banquinho.
Estilo
Musical
Se você é do tipo que gosta de tocar um som pesado,
com bastante volume, guitarras distorcidas, som de contrabaixo vibrando as
paredes, sugiro uma batera bem reforçada com um madeiramento adequado para este
tipo de música, do tipo poplar, basswood, pinho (para as mais populares), ou
até mesmo o maple que é bem resistente. Pense também em tambores com cascos
mais grossos que favorecem menos sustain e sons mais para o médio-grave.
Ferragens bem resistentes ajudam bastante também.
Agora se o seu estilo é mais para tocar um samba bossa
nova, gosta de tocar um jazz tradicional, um pop mais tranquilo, sem ter que
descer a mão, aí então baterias com cascos mais finos caem bem, oferecendo um
bom sustain, projeção, definição nos agudos, além também de serem mais fáceis
de carregar.
Mas lembre-se, tipos de cascos podem variar de gosto
para qualquer um. Talvez você goste de usar um bumbo com um casco mais pesadão,
pra tocar um pop-rock com boa projeção de graves, ou tons e surdos de
frequências de mais médios e graves. Gosto é uma questão pessoal. Se soa bem e
isso te faz feliz, então beleza.
Mas se a intenção é ter um instrumento como vocação
profissional, aí o negócio tem que ser mais bem pensado. A princípio um kit
básico e posteriormente investindo num de melhor qualidade que seja não só
resistente, mas que tenha um excelente som para aquele gênero musical que você
gosta de tocar. Pois ele será a sua ferramenta de trabalho no futuro.
E os pratos?
Sobre eles existem várias marcas e modelos, para
diversas finalidades e estilos sonoros e também é claro, de diversos preços e
eles podem ser de bronze, cobre e até latão. Lembro-me que já tive um aluno há
muito tempo que adorava um prato crash que era feito do latão mais sem vergonha
que tinha, e que pra mim servia apenas como suporte de samambaia, mas ele
adorava, enfim.......gosto é gosto.
E eles podem ser de liga B20, B10, B8, ou seja, um
prato B20 tem 20% de bronze, alguns até com um pouquinho de prata, e o restante
do prato é cobre, ou cobre com latão. E os de B10, B8 seguem a mesma proporção,
10% de bronze para os B10 e 8% de bronze para os B8.
Os mais usados e comuns são os de condução (ride), os
de ataque(crash),chimbal (hi-hat), splash, china type. Estes pratos podem ser
de diversos tamanhos, pesos e espessuras, cada um com um tipo de sonoridade
específica.
Baterias
Eletrônicas
Dizem que surgiram nos anos 70 do século passado e
apareceram como alternativa para novas experiências musicais, juntamente com os
sintetizadores da época. Estas baterias se caracterizam pelo uso de pads de
borracha ou até mesmo peles de ataque presas a aros de pequeno diâmetro.
Acompanham um módulo de banco de dados de timbres, onde se tem muitas
combinações sonoras e percussivas, e além de ser uma boa opção para quem mora
em apartamento, ou tem que ter um controle maior de volume, pois basta ligar em
uma caixa de som amplificada para se ter o controle do volume e podendo também
usar um fone de ouvido. Mas o apelo visual das eletrônicas ainda não se
comparam as baterias acústicas, por outro lado hoje em dia muitos músicos tem
explorado a combinação dos dois tipos em variados sets de bateria buscando
novas ideias de timbres.
As baterias eletrônicas com maior simulação das
acústicas são as mais profissionais e mais caras também.
Bom, é isso aí pessoal. Até a próxima com mais
assuntos sobre bateria, música e informação.
Alê de Nina
Legal, boa dica!!!
ResponderExcluirValeu, obrigado!
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